in skené

Uma mulher faz uma conferência a pedido do marido sobre os malefícios do tabaco para a humanidade. Os problemas e o quotidiano da mesma acabam por transparecer, acabando por desabafar com o seu público, seu único ouvinte. Ela é comparada a um espantalho para pardais, uma vez que se apresenta como uma vida insignificante e impotente nas mãos do marido.

 

 

Guerra: “maior conflito do Estado, a base da vida e da morte ou o Tao da sobrevivência e extinção”. Portugal, 1961, Guerra Colonial. Três personagens vivem e sentem a Guerra de diferentes
perspectivas. A figura feminina, doce, encorajadora, pronta a dar o melhor de si por Ernesto, por todos, pelo dever de toda uma nação, pela pátria. Ernesto, tal como milhões de outros combatentes, viu-se obrigado a interromper a sua vida e a abraçar uma missão (desconhecida por muitos) de matar para não morrer e para defender a bandeira vermelha e verde. O Jornalista, amordaçado, a quem apenas se esperava propaganda, depara-se com uma realidade impossível de encobrir… A Madrinha de Guerra, o Soldado, o Jornalista – todos passam pela Guerra e são transformados. É caso para dizer que “ninguém desce vivo de uma cruz”.

 

Demmin de 1945, que cheiro a morte! O fim da guerra, o abandono dos governantes e a invasão soviética que se adivinhava trouxeram consigo o desespero, o horror e o prazer da matança à cidade. Hoje são apenas lembranças na cabeça do homem. Lembranças que só
a ele pertencem, que só ele cuida, e que só ele, por elas, se deixa matar.

 

Agosto de 2017. Madalena, uma escritora, decide começar a escrever a ideia do seu novo livro, sobre a homossexualidade no século XX, no ano de 1923, começando com a conversa entre Margarida e a sua empregada Maria.

 

Maria recorda ao pai um episódio da sua infância. O que parecia ser um simples passeio na praia, reflecte simultaneamente as suas melhores e piores memórias, bem como os seus sentimentos
reprimidos ao longo dos anos que se foram passando. Este texto traz-nos memórias do século XX: as relações familiares, o trabalho, o papel do homem e da mulher na família, e recorda-nos ainda um
dos flagelos do século XX que foi erradicado graças à vacinação.

 

Coordenação de Fábio Pinto 

Ver para além do que nos é apresentado é o desafio. O desafio é dar vida a quadros da vida que vivem por si só. Que vivem em todos nós, em todas as partes do mundo, todos os dias. Quando a
fotografia tenta captar o que está em constante movimento e metamorfose somos surpreendidos pelas diferentes realidades presentes. Um exercício de um grupo de actores que pretende ver
para além do óbvio e mergulhar nas entranhas da vida e dos seus valores. Um grupo que coloca em perspectiva aquilo que já viveu e ganha uma nova percepção do que está por vir.

INTENDO

Coordenação de Marlene Santos

O Príncipe Nabo, a partir do texto de Ilse Losa

Por Leonor Pinto, André Vigário, Inês Gomes, Maria Rita Castro, Íris Ferreira, Inês Rocha, Mafalda Moutinho, Luna Castro, Marta Soares, Francisco Bogalho, Joana Ferreira, Catarina Viterbo, António Alves e Duarte Alves

CREATIO

Coordenação de Fábio Pinto

Last Chance, a partir de O Amor é um Franco-Atirador, de Lola Ares

Por Cláudia Costa, Jéssica Silva e Vanessa Michel.

Dualidade, a partir de textos de Fernando Pessoa, Karl Jaspers, José Saramago e Jorge de Sena

Por Flávia Dias e Paula Moreira

Quando Eu Gostar de Envelhecer, a partir de textos de António Lobo Antunes, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Hermann Hess, Hubert Shelby Jr., Júlio Dantas e Marguerite Yourcenar

Por Manuela Rocha, Natália Magalhães e Vitor Pinho.

Jogadas, a partir de Changeling, de J. Michael Straczynski, Beau Willimon

Por Ana Carolina Cardoso e Daniel Pontes

HABEO

Coordenação de João Ferreira

Interrupto, a partir da obra Onde Morar, de José Maria Vieira Mendes.

Por Diogo Barbosa, Sandra Ferreira, Pedro Ferreira, Joana Sousa, Emanuel Rocha, João Palhau, Daniela Duarte, Miguel Brandão, Ana Gomes, Ricardo Pita e Marlene Santos

Exercício Final 2015

Em 2015 o tema do Exercício foi a Identidade Cultural, que resultou na composição dos seguintes trabalhos:

INTENDO Coordenação: Marlene Santos

• Lenda do Pescador (Leonor Pinto, André Vigário, Inês Gomes, Maria Castro, Iris Ferreira, Inês Rocha, Mafalda Coutinho) : A Lenda do Pescador é uma adaptação de um texto dramático escrito pelo Professor António Oliveira.
• Lenda de Rio Tinto e de Montezelo (Luna Castro, Marta Soares, André Vigário, Francisco Bogalho, Joana Ferreira, Helena Gomes, Catarina Viterbo, António Alves) : A Lenda de Rio Tinto e de Montezelo é uma adaptação de um texto dramático escrito pelo Professor António Oliveira.

CREABEO (CREATIO + HABEO) Coordenação: Fábio Pinto

• Todo o Mundo e Ninguém, de Gil Vicente (Marlene Santos, Miguel Ribeiro, Paula Moreira) : Todo o Mundo e Ninguém é um excerto da farsa Auto da Lusitânia de Gil Vicente. Este excerto foi ainda adaptado, de modo a corresponder às exigências do Exercício; no entanto, mantém-se fiel à intenção e direcção original do autor, que sem dúvida são os pilares onde assenta todo o texto.
• Pa-sen-ro, a partir de Sophia de Mello Breyner, John Lennon, Ângelo Firmino e Luís de Sttau Monteiro (Daniel Pontes, Laurentina Magalhães, Vanessa Michel) : Passado, presente, futuro. São o todo de uma VIDA. Nela cabem todos os sonhos, todas as interrogações, toda a esperança e, simultaneamente, toda a indiferença, toda a hipocrisia, todas as desilusões.
• Ekaterina Sobre Tudo, a partir de Pedro Guilherme-Moreira e Almada Negreiros (Carolina Cardoso, Daniela Mota, Rita Fonseca) : Ekaterina Sobre Tudo retracta a vivência de uma mulher, enquanto ser humano, numa sociedade opressora. Com textos de Pedro Guilherme-Moreira e Almada Negreiros, esta adaptação apresenta as múltiplas facetas de Ekaterina e a sua visão sobre a vida à medida que despe cada uma dessas facetas.
• O Teles Imaginário, a partir de Raúl Brandão (Lígia Silva, Natália Magalhães, Sandra Ferreira) : Em diferentes situações de opressão ou de limitação de liberdade, o sonho possui um carácter libertador, ainda que permaneçam as amarras. Neste texto, publicado em 1923, reconhecemos algumas ideias com as quais nos identificamos e, apesar da transição de século permanecem atuais e continuam francamente pertinentes.

COMPANHIA DE TEATRO (Encenadoras: Sofia Araújo e Joana Sousa)

• Navio de Negros – Exercício Cénico, a partir de excertos de O Navio dos Negros, de Jorge Silva Melo (Adelino Moreira, Pedro Ferreira, Xavier Neves, Andrés Coelho, Ana Vigário, Mafalda Duarte, Tiago Moreira) Coordenação de Sofia Araújo : Com estreia em 2000, pelos Artistas Unidos, O Navio dos Negros é ele próprio um exercício literário e dramático escrito a partir de motivos da novela “Benito Cereno” de Herman Melville. Nesta óptica de palimpsesto, foi o texto escolhido para trabalhar com aquele que será o futuro elenco da encenação in skené de Ad Hominem (com base em El bálsamo de Dios, de Carlos Boves) a levar a cena em Novembro/Dezembro 2015), procurando manter elementos da encenação futura, nomeadamente a divisão em três molduras dramático-narrativas e a aplicação directa da História para invocar o Presente e agir sobre o Futuro.
• Cantigas de uma Noite de Verão – Momentos Musicados, de David Greig (Ana Gomes, Emanuel Rocha, Ricardo Pita) Coordenação de Joana Sousa, música por Ana Gomes e Ricardo Pita

Primeiro Grupo (grupo de 11 formandos dos grupos Creatio e Habeo) – Três cenas completas de Design for Living, de Noel Coward. Coordenação Sofia Araújo.

 

Segundo Grupo (formandos do grupo Intendo) – Excertos adaptados de Destino de Um Parafuso (de André Miguel Silva), Dudas em A Aventura de Dudas e O Relojoeiro (de David Greig), Um Para o Caminho (de Harold Pinter) e Leandro, Rei da Helíria (de Alice Vieira). Coordenação Joana Sousa e José Santos.