O grupo de Teatro de Amadores de Gondomar (gTAG) surge na sequência do projecto TESG (Teatro da Escola Secundária de Gondomar), ganhando corpo e vida com esta associação in skené, bem como com um vasto grupo de pessoas que compunham, até então, o TESG.
Apresentamos alguns dos espétaculos realizados no passado e que pretendemos, tão cedo quanto possível, retomar.
Em breve iremos disponibilizar no nosso calendário as marcações daqueles que agendarmos para o próximo ano.
Esteja atento! 🙂
Os espetáculos
Título: Sui Caedere Dramaturgia: Beatriz Soares e João Ferreira Encenação: coletivo do TESG Estreia: 06 de Março de 2009. pelas 21h.30 Local: Auditório Municipal de Gondomar (Av. 25 de Abril, 103 (ver mapa)) Contactos do projecto: E-m@il: proj.suicaedere@gmail.com Internet:http://suicaedere.wordpress.com
Sui Caedere – uma vida, uma erro (Do lat. sui, «de si» +-cidìu-, de caedère, «matar») conta a história de um grupo de amigos adolescentes, de 17 e 18 anos, dentro do qual um deles, o Tomás, se suicida. A peça começa no dia da tragédia, havendo, de seguida, um recuar no tempo e um reviver dos quatro dias anteriores. Estas cenas são intercaladas por reflexões, inexistentes no tempo e no espaço, de cada uma das personagens sobre o sucedido. Tentou-se que a peça, sendo sobre o suicídio, não falasse de suicídio. Tentou-se que Sui Cadere fosse muito mais do que o próprio título. Há todo um cenário envolvente do Tomás, que inclui não só os amigos, Pedro e Ana, a namorada, Sofia, como também a professora de Filosofia, os pais e a irmã… Surgem ainda outras personagens anónimas, passageiras na vida deste rapaz. E neste entrecruzar de personagens e perspectivas, discute-se religião e crenças, contam-se histórias, vivem-se conflitos e paixões, questiona-se, conversa-se, sofre-se e fala-se de diversas formas de amar… Talvez a melhor forma para descrever a peça seja exatamente esta: as várias formas de amar. O suicídio surge no palco como na vida real: inesperado, aparentemente inadequado ao dia a dia… Revivendo os dias passados, onde é que deveríamos ter lido os sinais de que algo tão grave se passava? Certamente, com a leitura do texto, se irá perceber que o subtítulo “uma vida, um erro” ganha todo o sentido. |
Título: Felizmente há luar! Dramaturgia: Luís de Stau Monteiro Encenação: coletivo do TESG Estreia: Fevereiro de 2006 Local: Auditório Municipal de Gondomar (Av. 25 de Abril, 103 (ver mapa)) Felizmente há luar! é uma obra literária, drama narrativo de carácter épico, publicada em1961 pelo dramaturgo Luís de Sttau Monteiro e adaptada para teatro pelo próprio autor. Após a publicação de Angústia para o jantar, esta peça celebrizou Sttau Monteiro no teatro português, sendo bem recebida pela crítica da época e tornando o autor um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos europeus. A história relatada na obra é baseada na frustrada tentativa de uma revolta liberal no ano de 1817, cujo alegado (mas nunca confirmado) líder seria Gomes Freire de Andrade. Recriada em dois actos, a sequência de factos históricos ocorridos em Outubro desse mesmo ano, que conduziu ao cárcere e ao enforcamento de Gomes Freire de Andrade, no forte de São Julião da Barra, acto este levado a cabo pelo regime do marechal Beresforde apoiado firmemente pela Igreja. Vigoroso apelo ético, inserido numa forma de dissertação do autor sobre a repressão política injusta e perseguições de que os cidadãos do Portugal da década de 1960sofriam, a peça era legivelmente uma oposição política ao regime então em vigor e um incentivo à revolta. Denominada pelo próprio autor «apoteose trágica», foi censurada posteriormente à sua publicação e proibida até 1974. A obra, publicada em 1961, foi aclamada pela crítica e levou o autor a consagrar-se como dramaturgo ao receber o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores. Todavia foi censurada pelo Estado. Em 1962 o autor tentou encenar a peça no Teatro Experimental do Porto, mas não conseguiu sucesso junto das autoridades. A sua primeira encenação aconteceu em Paris, em 1969, e só em 1978 foi a palco em Portugal, no Teatro Nacional. |
Título: Auto da Barca do Inferno Dramaturgia: Gil Vicente Encenação: coletivo do TESG Estreia: Abril de 2006 Local: Auditório Municipal de Gondomar (Av. 25 de Abril, 103 (ver mapa))
Embora o Auto da Barca do Inferno não integre todos os componentes do processo dramatico, Gil Vicente consegue tornar o Auto numa peça teatral, dar unidade de acção através de um unico espaço e de duas personagens fixas ” diabo e anjo”. A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa. Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:
Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente. A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final. http://pt.wikipedia.org/wiki/Auto_da_barca_do_inferno#Resumo
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Título: Auto da Índia Dramaturgia: Gil Vicente Encenação: coletivo do TESG Estreia: Fevereiro de 2003 Local: Auditório Municipal de Gondomar (Av. 25 de Abril, 103 (ver mapa))
Auto da Índia é uma peça de Gil Vicente. O Auto teve a primeira representação em 1509, em Almada, perto de Lisboa perante a rainha D. Leonor. O Auto da Índia fala do adultério como consequência das viagens dos Descobrimentos. Constança, insatisfeita com seu marido e ao que tudo indica casada apenas por interesse, arranja dois amantes (um castelhano chamado Juan de Zamora e um português chamado Lemos) enquanto o marido está numa viagem com destino à Índia. A cena desenrola-se em sua casa, com a cumplicidade a contragosto de sua empregada, designada simplesmente por Moça, que tenta a custo defender a moral do seu Senhor. No final do auto o marido retorna à casa, e Constança, cheia de cinismo e falsidade recebe-o de braços abertos, pois este retorna cheio de riquezas. |